“A agulha oca”… Que título bizarro, não é? Vocês sabem o que ele significa? Eu mesmo sei, sim! Há muitos anos, bem novo ainda, fui passar uma temporada na França e… “Nem uma palavra a mais! Cale-se agora, senão…” A frase ameaçadora que surge na tela de meu computador interrompe as minhas falas precipitadas. Invadindo as redes tão facilmente como arrombava os cofres em vida, Arsène Lupin, ora um fantasma, acompanha meu trabalho de perto e se mostra, de vez em quando, tão incisivo como nos bons velhos tempos. Nada que me surpreenda, aliás: um artefato raríssimo ou um instrumento mágico, algo corriqueiro ou inimaginável, a tal agulha é um dos seus segredos mais preciosos. E o único jeito de desvendá-lo sem irritar seu poderoso detentor é ler o romance que lhe dá uma explicação lógica.